sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Verdades que a TI precisa conviver

Existem mundos perfeitos ? Talvez quando efetuamos a concepção de um projeto sim. Mas quando partimos para a implementação é que nos deparamos com a realidade que a TI precisa saber conviver. Relacionei alguns pontos que encontrei na minha carreira para que possamos refletir:

1.
      Segurança : Não adianta você utilizar as melhores regras de segurança com os melhores softwares e appliances do mercado, as informações de sua empresa estão a um tweet do mercado e da concorrência. Mesmo que você não tenha aberto o uso de redes sociais no ambiente corporativo, cem por cento dos SMARTPHONES tem acesso a internet e não dependem de uma permissão da área de TI ter acesso ao twitter  ou ao facebook.  O problema não se resume ao vazamento de informações, mas a problemas de segurança relacionados ao acesso.
A educação continua sendo a melhor saída. Educar e reeducar. Devemos utilizar as tecnologias disponíveis para treinamento e sempre deixar muito clara a política de segurança da empresa.



2.
      Os SMARTPHONES vieram para ficar: Segundo uma pesquisa do IDC realizado para a Unisys, em maio de 2011, descobriu que 95 % dos profissionais da informação utilizam tecnologia pessoal no trabalho, ou seja, aproximadamente o dobro das estimativas.

É melhor que a TI suporte os dispositivos e as tecnologias demandadas pelos usuários porque de qualquer modo eles usarão a tecnologia pessoal para fins comerciais.
É preciso encontrar um meio termo para aprendermos a conviver com segurança e com um mínimo de custos nas operações de TI e infraestrutura.

3.
      O controle não está mais com a TI: Hoje um usuário com nenhuma especialização em tecnologia pode contratar serviços de terceiros, na nuvem, com apenas um telefonema e um cartão de crédito.
Precisamos de uma avaliação se isto é bom ou ruim. Para os usuários de negócios pode ser interessante dispor de serviços que hoje não são prestados pelo departamento de TI de forma rápida e instantânea. A TI tem controlado durante anos a TI tem controlado os sistemas e o processo em torno da tecnologia. Um novo papel para a área de TI é apoiar os usuários de negócio a tomar as decisões corretas.
Em vez de lutar para retomar o controle, a TI deve ter influência para apoiar visando a melhoria dos resultados da empresa e não o controle da tecnologia.

4.
     Alta Disponibilidade: Em um mundo perfeito, todos os datacenters seriam construídos com uma arquitetura totalmente redundante onde a carga máxima nunca seja maior que 50%.
No 
mundo real, ninguém quer pagar o preço por 100% de disponibilidade.
Algumas empresas que tem a necessidade de atender a este requisito, tem segmentado os datacenters para que apenas os sistemas de missão crítica estejam alocados com altíssima disponibilidade.

5.
       A nuvem resolve tudo: De acordo com o Gartner mais de 40% dos CIOs esperam executar a maioria de suas operações de TI na nuvem até 2015.

Mas mesmo a nuvem não é uma solução definitiva. Questões como a localização física dos dados, ainda precisam ser resolvidas, pois são questões soberanas que ainda estão sendo discutidas no âmbito jurídico.
A perda de dados é inevitável em qualquer organização e ainda pode acontecer na nuvem. As empresas devem se preparar para o pior, planejando o tempo de inatividade e da recuperação dos dados.

6.
       Seus usuários serão autônomos e não precisarão de suporte: Este sonho... nunca acontecerá. Apesar dos investimentos em treinamentos e bases de conhecimento on-line a noção que as organizações têm de poder um dia abandonar o suporte presencial é ficção cientifica.

     A melhor saída ainda é o investimento em soluções de assistência remota, com uma boa estruturação no contact center e no service desk. Boas ferramentas de apoio remoto tendem a dar agilidade nas soluções e satisfação ao usuário.

O fato é que não importa o quanto sua equipe se esforce para manter a operação em funcionamento, com altos índices de disponibilidade, ou o quanto é vital o time de suporte. Os profissionais de TI não devem esperar obter o reconhecimento fora de suas próprias fileiras.
É fato que quanto menos a área de TI aparecer em uma empresa, que venha atingindo seus objetivos, tanto melhor. Esperamos sempre que os serviços não parem, que a rede esteja 100% disponível, que a internet possua redundância e que todas as manutenções ocorram nos períodos em que os usuários de negócio não estejam trabalhando.
O paradigma é ser reconhecido por evitar que os problemas aconteçam, sem se destacar e fazer diferença aonde a TI pode gerar alto valor para a empresa.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Da série sobre Virtualização. Evite sobrecarregar os Servidores

A adoção de ambientes virtualizados é cada vez mais abrangente. A virtualização de serviços de missão crítica tem colocado em cheque a ideia de que virtualizar não requer grandes investimentos em hardware.

O conceito de que a virtualização requer baixos investimentos deve ser questionado, pois aplicativos importantes dentro da organização vão lutar por seu espaço na hora da virtualização.

Até o momento o foco da virtualização estava em serviços menos importantes com pouca demanda de desempenho, armazenamento de arquivos, serviços de impressão ou ambientes de QA (qualidade) ou DEV (desenvolvimento).
A situação atual demanda a necessidade de instalação de aplicações de missão crítica, com utilização intensa dos sistemas, aumentando assim a demanda por desempenho e disponibilidade. Estas aplicações vão competir por largura de banda, memória, armazenamento de qualidade e processador. Desta maneira mesmo servidores com grande capacidade podem apresentar gargalos se não houver um dimensionamento correto dos recursos.

A análise da capacidade deve preceder o processo de virtualização. Através desta análise o departamento de TI poderá estimar com maior acuracidade a configuração mínima necessária requerida por um aplicativo específico a ser virtualizado.

Outro ponto importante é o acompanhamento contínuo do uso dos recursos virtualizados. As operações de I/O (entrada e saída) são normalmente o grande gargalo na virtualização de sistemas de missão crítica. Garantir a banda necessária para estes serviços é uma missão que deve ser levada em consideração. Estes serviços exigem recursos muito além de gigantescas quantidade de memória RAM para garantir o desempenho.

CLUSTER de servidores para fazer HOST de ambientes de virtualização com vários servidores já são bastante comuns, mas não se esqueça que o consumo de um CLUSTER de 2 servidores não pode atingir 80% de uso, pois no caso de falha de um dos nós, o outro não tem como assumir como redundância.