sexta-feira, 15 de março de 2013

Falta de profissionais qualificados traz risco de colapso no setor de TI


NO CIO Summit que aconteceu em Recife ontem 14/03/2013, este foi um tema abordado e que gerou uma boa discussão entre os presentes no painel final.

Embora a qualidade da formação profissional seja relevante, não implica, necessariamente, na solução para o problema da escassez de mão de obra no setor de TI. 

A demanda por profissionais de tecnologia da informação e comunicação (TIC) no Brasil excederá a oferta em 32% para o ano de 2015, chegando a uma lacuna de 117.200 trabalhadores especializados em redes e conectividade. Os dados são de um novo estudo da consultoria independente IDC, encomendado pela Cisco na América Latina.

De acordo com o Observatório Softex — unidade de estudos e pesquisas da associação que tem como objetivo a promoção da excelência do software brasileiro —, falta o profissional que tenha tanto capacidades para resolver questões complexas quanto o conhecimento técnico. 

“O formando não sai da faculdade com entendimento de negócios, sobre como lidar com os clientes das empresas de TI, tais habilidades ele só irá adquirir com a experiência, já que a instituição de ensino só fornece os paradigmas.

As conclusões tem como referência dados do Caderno Temático do Observatório Softex — "Mercado de Trabalho e Formação de Mão de Obra em TI", lançado pela associação. O caderno analisa o atual cenário de escassez de profissionais qualificados no setor, bem como seu impacto na indústria.

Ao longo dos anos caiu o percentual de concluintes de cursos do nível superior. Os cursos específicos de tecnologia, de nível superior, com duração de apenas dois anos, foram criados como uma forma emergencial para driblar o problema de escassez de mão de obra qualificada. 

A indústria requer bom capital humano e, para resolver de vez o problema de escassez, é preciso criar medidas no curto, médio e longo prazo. “Uma solução viável, no curto prazo, seria atrair estudantes de outros cursos, como de administração, para cursos de computação”. “O Brasil não tem tradição em cursos técnico-profissionalizantes”. A  desoneração da folha de pagamento também é um passo para que as empresas retenham talentos. 

De uma perspectiva maior, o país precisa de medidas públicas para seu sistema educacional, que ainda carece de qualidade.