segunda-feira, 28 de julho de 2014

Modelo de Negócio - Adaptar ou Morrer ?

Estava lendo algumas notícias na Internet e encontrei uma que chamou a minha atenção, especialmente neste momento de adaptação e ajuste orçamentário.
A Microsoft já foi a maior empresa fabricante de Software do Mundo, com amplo e irrestrito domínio de diversas áreas, mas que sempre foi lenta e teve dificuldades de se adaptar a nova realidade.
Durante muitas décadas a Microsoft impôs o seu modelo de negócio e modelo de licenciamento que ao meu ver nunca foi favorável aos usuários e somente atendia as necessidades comerciais da Microsoft.
Sempre achei um grande absurdo o formato de comercialização do Windows e do Office, obrigando um usuário comum ou pequena empresa a compras de licenças FULL, sempre do lançamento de uma nova versão dos produtos. A Microsoft melhorou sob alguns aspectos, na maioria das vezes por imposição da Justiça e poucas por imposição do mercado, mas as opções de comercialização continuam favorecendo apenas a Microsoft e pouco os clientes.
Observem que não estou reclamando dos produtos, que como no caso do Office é referência. Considero que a Microsoft precisa de recursos para continuar investindo na melhoria do produto. Acho que poderiam melhorar ofertando mais opções de licenciamento para as pequenas e médias empresas. 
A notícia abaixo que passo reproduzir demonstra que exite uma alternativa.

Cidade francesa abandona Microsoft Office e economiza €1 milhão


A cidade de Toulouse, no sul da França, se tornou um exemplo de política pública digital na Europa. Desde que Pierre Cohen, um profissional de sistemas assumiu a prefeitura em 2011, foi dado início a um plano de implementação de softwares livre e de código aberto em toda a administração pública municipal, que emprega cerca de 10 mil servidores.
Páginas na internet, serviços e aplicativos. Todos passaram a contar, em algum momento, com softwares ou arquiteturas de linguagens “Lamp” – sigla para Linux, Apache, MySQL e PHP. Mas o projeto principal seria a troca do pacote Office, da Microsoft, por uma alternativa aberta e gratuita: o LibreOffice, lançado em 2011.
A substituição começou a ser feita em 2012, levou um ano e meio, e cobriu 90% dos computadores. “Licenças de software custavam, a cada três anos, 1,8 milhão de euros a Toulouse. A migração (que envolveu treinamento) custou €800 mil”, conta Erwane Monthubert, que participou da implementação da política na gestão de Cohen.
Foram €1 milhão de salvos em meio a uma onda de cortes de orçamento em TI em todo o país.